Como não sei quando posso voltar a publicar, aqui vai mais uma parte!
Espero que gostem.
Comentem, por favor :D

Ainda estava nas chamadas e dava para ver os últimos registos. “à 3 minutos – Beatriz”.
- O QUÊ??
- Depois digo qualquer coisa amor. Beijinhos e desculpa.
Deu-me um beijo na testa, pegou no telemóvel e saiu.
- Estou, Catarina! Vem ter comigo. Precisamos de falar.
- Está tudo bem?
- Não, mas já falamos. Vá, até já.
***
- O que é que se passou Xana? Estou super preocupada!
Não aguentei e comecei a chorar.
- Foi o Ricardo!
- O Ricardo? Então mas não era hoje que faziam um ano e meio?
- Sim. E ele veio cá a casa. – Disse eu mais calma. – E eu ia-lhe dar a melhor prenda que poderia ter dado. E depois quando estávamos quase, o telemóvel dele tocou e ele disse que era a mãe a dizer que ele tinha de ir ter com ela.
- Sim, e depois? O que é que aconteceu?
- Depois ele foi à casa de banho e deixou o telemóvel em cima do sofá e recebeu uma mensagem. E eu olhei para o telemóvel e estava nas últimas chamadas e estava lá que a última chamada foi da Bea!
- Da Bea? Da Bea víbora?
- Sim!
- Então e o que é que lhe disseste?
- Nada. Preferi primeiro falar contigo.
- E já sabes o que é que vais fazer?
- Já! Ele deve ter ido para casa dela. Portanto vamos à pizza e damos a morada dela. E pagamos ao homem para ele nos dizer quem lá estava.
***
Fomos para a pizza e subornamos o homem, quase.
Passados 40 minutos de ter saído, voltou.
- Estava a ver que não! Então?
- A sua amiga não estava a aceitar a pizza! Não queria pagar. Teve de ser o namorado.
- O namorado?
- Sim. Quer dizer, pelo menos chamou-lhe “amor” e estavam aos beijos. Tirando isso não estava lá ninguém.
- Tem a certeza do que me está a dizer?
- Tenho pois! Vi com os meus olhos!
- Obrigada!
Saímos da pizza e fomos para minha casa.
- O que é que vais fazer agora? Não vais continuar a andar com ele, pois não Xana? – disse a Catarina, frisando bem o “pois não Xana?”.
- Vou ter com a mãe dele. E vou-lhe perguntar por ele.
***
- Olá Xana. O Ricardo não está!
- Olá Dona Mafalda. Ah, e por acaso não sabe onde ele está? – disse eu, como se não soubesse.
- Ele disse-me que ia almoçar contigo e depois ia andar de skate com os amigos. Sabes, ele hoje estava muito contente!
- Hum, pois. Então faça-me só um favor. Não lhe diga que vim cá.
- Podes estar descansada minha querida! Mas passa-se alguma coisa?
- Nada que não se resolva. Obrigada Dona Mafalda, beijinhos. – dei-lhe dois beijos para me despedir e fui-me embora.
Quando saí contei tudo à Catarina e disse-lhe que precisa de estar sozinha. Deixei-a em casa e fui para a praia.
***
Ao final da tarde voltei a casa do Ricardo.
- Oh minha querida, o que é que se passa? É a segunda vez que cá vens hoje! – Disse-me a mãe dele.
- Desculpe!
- Não tens de pedir desculpa! O Ricardo ainda não chegou, mas entra.
- Eu só quero entregar-lhe isto. – Tirei uma carta da mala. – Posso ir pôr no quarto dele?
- Podes, claro.
- Obrigada.
Entrei e fui em direção ao quarto dele; caminho que eu conhecia muito bem. Entrei no quarto dele e consegui sentir o seu cheiro. Cheiro esse que eu ia ter saudades.